terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Formação Histórica do Estado Moderno – Parte II



Qual a razão que leva ao desmoronamento do Estado Dinástico? Há um desaparecimento total de suas bases fundadoras? O que ocorre após o seu colapso? Essas questões funcionam como uma bússola para encontrarmos o entendimento do texto, assim como satisfazer o conceito do Estado que emerge com a queda do Estado Dinástico.
Na primeira parte desse texto foi identificada claramente a categoria “Estado Dinástico”, e, explicitado, o objetivo do texto. Esta segunda parte segue uma técnica de estudo diferenciada, mostrará onde encontrar as respostas para as inquietações, que deverão ser elucidadas pelos leitores. Assim, a primeira inquietação demonstrada para o entendimento do texto pode ser solucionada através do subtítulo “As contradições específicas do Estado Dinástico”. Pois “as ambigüidades de um sistema de governo que mistura o doméstico e o político, a casa do rei e a razão de Estado, são sem dúvida, paradoxalmente, um dos princípios maiores, pelas contradições, que engendram do reforço da burocracia: a emergência do Estado que se realiza” (p. 49).
A segunda inquietação soluciona-se via leitura do subtítulo “A oligarquia dinástica e o novo modo de reprodução”. Pois, “assim, a ambigüidade do Estado dinástico se perpetua” (p. 57).
Por fim, a ultima solução encontra lugar no subtítulo “Circuito de delegação e gênese do campo administrativo”.
Espero que tanto a primeira, quanto a segunda parte tenham auxiliado a leitura do texto organizado por Loïc Wacquant, intitulado “O mistério do ministério: Pierre Bourdieu e a política democrática”, sendo o capítulo dois o de análise particular dos comentários “Da casa do rei à razão de Estado: um modelo da gênese do campo burocrático”.